sábado, 20 de janeiro de 2018

DE LAVADA! A LAVAGEM DA ESQUINA 2018

Quis o destino que este cronista tomasse uma queda depois de levar uma finta de um miserável besouro, que está a destruir a barriguda da Praça da Barriguda e, com trauma do joelho e muito analgésico, tive que abrir mão de seguir o cortejo da 31ª Lavagem da Esquina do Padre, neste 2018 que mal começa... Mas, mesmo com dor no joelho e tudo, FOMOS, VIMOS E... VENCEMOS! 

QUE LAVADA, A LAVAGEM!

Ao contrário de anos anteriores, onde o ponto alto seria uma das atrações, este ano a coisa evoluiu tanto que não dava para mensurar a quantidade de coisas para ver, de tanta gente que foi... Mascarada, à paisana, disfarçada, escancarada, enrustida, gente, gente adoidado, gente pra dar com pau! Foi gente demais, menino!!!

Uma vista do "camarote" de Germano: minha Joanna por aí...


O que dizer da Festa? Onde ela começou, mesmo? Ela começou em Salvador, onde minha filhota Joanna ( que como o pai já faz parte da “velha guarda” que está mais de vinte anos seguindo o cortejo) largou tudo para se juntar às amigas e desfilar. Começou em Jequié, onde o velho Mirabeau (pode pronunciar Mirabê-au, senão “acaba o carnaval”!) esqueceu o reumatismo para seguir tudo da Esquina de Bu. Começou em São Paulo, de onde veio o rapaz fantasiado de “O Corvo” (“The Crow”, aquele do filme do finado Brandon Lee, que os mais antigos como eu conhecem o pai, o Bruce Lee) e declarou-se caetiteense tão legítimo que já rói pequi. Começou lá em Beagá, de onde retornou o confrade Stefanelli para registrar tudo com sua câmera de – palavrão – entomologista. Começou em Rio de Contas, de onde veio uma bandinha “furiosa”, que logo vestiu a camisa oficial da festa. Começou no mundo inteiro, e o mundo inteiro descambou pra Feira Velha!

E Jesus derrota os malvados vikings...

Jesus Cristo, em pessoa, lutava espada contra os vikings, e era louvado por “freiros” e freiras pecaminos@s. Minha nossa, a Medusa era difícil de não olhar! Não sou mais jurado das fantasias, mas estou aqui torcendo: ganha, Medusa! Ganha... Mas eram tantas as maravilhosas fantasias, que só quem tem os olhos de pedra para não se deleitar! Cada um merece ser ganhador! A morte (tinha, pelo que vi, pelo menos duas, cada qual mais bonita – se é que podemos falar isso da Morte!), os velhinhos de novo (estavam já no ano passado), os Rosinhas me sujando (ou seria limpando?) de cor-de-rosa, os marombados, os caretas legítimas...
Só na LEP a gente pode olhar a Medusa!


Passei na rua da Associação dos Moradores da Feira Velha, a Amofeve da qual sou orgulhoso sócio, e topo com o “menino de ouro” da rua, da Amofeve e da Feira Velha – o Daniel Santana. Quisera que o mundo todo fosse como o Dani, o maior coração da Terra! Quem dera tantos egos inflados e inflamados tivessem só uma nesguinha de sua grande humildade e seriedade, Dan-dan! Mas, como não é assim, a gente segue em frente, só mais um na imensa multidão que em 2018 bateu todos os recordes!

No privilégio do "Camarote Gumes"!

Paro no “Camarote do Germano”, o Gumes que ficou na Feira Velha, bem no miolo da muvuca. Posição privilegiada, onde vemos tudo e quase nada... É muita coisa rolando, é muita gente, é gente demais – e acho que já falei isso... Mas é que foi mesmo gente de dar com pau – e já estou a me repetir... Dali tiro fotos e fazemos fofoca – para os que não sabem, fofocamos de coisas dos últimos cem anos em Caetité... he, he...

Fui para a Praça da Catedral e lá, meu Deus! Era muita gente, era mais gente ainda... A meninada, a velharada (como meu pai de 87 aninhos, que perdeu a LEP do ano passado, e neste 2018 se postara na sua antiga morada, hoje a Escolinha Grão de Areia, e depois me registrou, assombrado: “Era muita gente, meu filho!”). Os vendedores deram passagem, e mesmo assim... Era como se a rua ainda tivesse ficado pequena, tamanha a multidão...

Gente, gente e mais gente... Engarrafou!

Resolvi ir até o Bar do Gordo, e o beco do Bar do Gordo logo ficou, literalmente, engarrafado. Bom pro Gordo, nosso querido Valdir, que ficou sem garrafas: vendeu tudo! Crise? Qual crise? Dali, sem poder mais voltar de tanta gente que seguia o cortejo, vimos passar as autoridades que fazem nossa cidade ser o que é: o Prefeito Aldo, o Juiz Dr. Eduardo, o Presidente da Academia Luiz Benevides, nem prefeito nem juiz nem imortal: foliões na folia maravilhosa que invadiu Caetité e os corações.
Um carnaval verdadeiramente participativo: o Prefeito é o folião...

Faltou falar deles: os “começadores” de tudo, os “papas da folia”. Vamos terminar com eles, então... Nelsim de Nelsão, como sempre nervoso, mas este ano mais relax um pouco, até encontrou um tempinho para papear conosco, depois de ter vindo em pessoa (e na pessoa da filha) nos presentear com a camiseta da Lavagem. Gilson Bolivar, com um certo Leleto Forasteiro ao lado, posou naquela que será a foto mais emblemática de como levamos a LEP a sério... heee... E Tairone... Esse só vi de longe, vermelho como um pimentão, o danado do Tai... “Meninos, eu vi!”: Vocês colocaram o mundo dentro de Caetité!

As melhores CARETAS da LEP 2018!

Aos três “cabeções”: Nelson, Gilson e Tairone, nosso obrigado. Trinta e um anos de Lavada, e hoje podemos dizer que vocês criaram um novo tipo de trio, nesta Bahia Velha de Meu Deus e de Todos os Santos! 

São o trio que irradia, que eletriza o carnaval e até o trio elétrico, mas sobretudo que não permitem que o Carnaval em Caetité perca jamais aquilo que faz essa festa ser o que é, como disse minha Joanna e o Nelson abraçou: 

UMA FESTA DE RAIZ!


Valeu, valeu demais! E mais... Só em nosso álbum do Face...

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