segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Adeus ao amigo Rômulo Junqueira



Parece incrível como a vida nos faz lembrar que a morte não é algo distante. Sobretudo quando vemos uma família ter separado do seu convívio, de forma prematura e abrupta, alguém tão querido, como neste triste domingo dia 26 de fevereiro de 2017...

Rômulo era meu vizinho, o que tinha a idade mais próxima da minha. E sempre que nos encontrávamos, a prosa rendia...

Um dos sonhos que tive para minha terra foi o de um dia valorizarmos a cachaça produzida em Santa Luzia. Foi uma ideia que com o tempo ganhou corpo até vir a se concretizar numa associação, cujo nome e estatuto preparamos com muita esperança: a Aprocana. Quis o destino fosse ele, Rômulo, seu primeiro presidente. E a esperança era sua bandeira. Batalhou muito, remando contra a maré dos que ainda ganham com o atraso.

Lembro-me das coisas muitas vezes absurdas que ele enfrentara, à frente da Associação, e que me contava com riqueza de detalhes. Ganhara, ali, experiência e conhecimento que nunca foram completamente aproveitados... O sonho do coletivo demora a dar frutos, num mundo tão imediatista, tão individualista...

Seu entusiasmo com a festa do 2 de Julho se concretizou no grupo de montaria que hoje, quando nos despedimos dele de forma definitiva, estava presente na sua despedida...

Hoje a Palmeira, Santa Luzia, Caetité enfim, despediu-se de uma pessoa séria e honrada. Perdemos um batalhador que ousou pegar um sonho e fazer dele sua bandeira.


Adeus, amigo. Que Deus conforte seus familiares, e que sua vida inspire quantos te conheceram.

Um comentário:

  1. Que Deus o receba na eternidade!
    Que Deus, em sua infinita bondade, conforte a todos!

    ResponderExcluir