Parece incrível como a vida nos faz lembrar que a morte não
é algo distante. Sobretudo quando vemos uma família ter separado do seu convívio,
de forma prematura e abrupta, alguém tão querido, como neste triste domingo dia
26 de fevereiro de 2017...
Rômulo era meu vizinho, o que tinha a idade mais próxima da
minha. E sempre que nos encontrávamos, a prosa rendia...
Um dos sonhos que tive para minha terra foi o de um dia
valorizarmos a cachaça produzida em Santa Luzia. Foi uma ideia que com o tempo
ganhou corpo até vir a se concretizar numa associação, cujo nome e estatuto preparamos
com muita esperança: a Aprocana. Quis o destino fosse ele, Rômulo, seu primeiro
presidente. E a esperança era sua bandeira. Batalhou muito, remando contra a
maré dos que ainda ganham com o atraso.
Lembro-me das coisas muitas vezes absurdas que ele enfrentara,
à frente da Associação, e que me contava com riqueza de detalhes. Ganhara, ali,
experiência e conhecimento que nunca foram completamente aproveitados... O
sonho do coletivo demora a dar frutos, num mundo tão imediatista, tão
individualista...
Seu entusiasmo com a festa do 2 de Julho se concretizou no
grupo de montaria que hoje, quando nos despedimos dele de forma definitiva,
estava presente na sua despedida...
Hoje a Palmeira, Santa Luzia, Caetité enfim, despediu-se de uma
pessoa séria e honrada. Perdemos um batalhador que ousou pegar um sonho e fazer
dele sua bandeira.
Adeus, amigo. Que Deus conforte seus familiares, e que sua
vida inspire quantos te conheceram.
Que Deus o receba na eternidade!
ResponderExcluirQue Deus, em sua infinita bondade, conforte a todos!